Sunday 20 January 2008

Birds having Insomnia




Everyone knows I like late nights in the computer doing my things and watching my series... Well, here in London it seemed like I had some company... every night from aprox. 1 am when everything is extra quiet, these birds start to sing really passionatly and loud... At first I found it really weird. It became very intriguing until I found out they were Robins... Anyway here is their story:

Robins are rarely seen or heard during midsummer (July-August) when they are moulting and become rather retiring.

At other times they can usually be heard singing their melodious warbling song from strategic perches, often quite high up; it sounds like "twiddle-oo, twiddle-eedee, twiddle-oo twiddle". In the winter, it can sound wistful, some say mournful, but around Christmastime the song becomes stronger and more passionate.

They will sing all through the night and this often leads to them being incorrectly identified as a Nightingale. This has been thought to be caused by streetlights making them believe it is still daytime, but the latest theory is that they are singing when it is quieter, when the hubbub of urban life has quietened and their song can be heard.

I finally found an explanation and nowadays I really love the company!

Sunday 6 January 2008

Para voce o que voce gosta: Diariamente by Marisa Monte


Não há melhor cantora de MPB!
E este é uma das músicas e dos clips mais bonitos que existem. Como a simplicidade faz a diferenca!

Saturday 5 January 2008

2008

Receita de Ano Novo
(Carlos Drummond de Andrade)

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto da manhã,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.