O Getúlio e a Ana Cristina sempre foram muito amigos da minha família. Meus pais eram muito próximos deles desde da época em qua moravamos todos em NY em 89/90.
Para mim ele sempre foi uma daquelas pessoas que eu achava um máximo porque meus pais sempre falavam dele com muita admiração. Uma pessoa que lia muito e sabia muito. Lembro sempre de uma história que a mamãe contava - que o Getúlio andava sempre com um livro debaixo do braço, nao interessava o lugar para onde eles estavam indo, ele sempre levava o livro. Um dia indo para um jantar, ela perguntou: mas Getúlio, para que o livro? Voce acha que o jantar pode ficar chato? e ele respondeu - nunca se sabe, e a luz do restaurante pode acabar, é melhor andar previnido.
Tive a sorte de jantar com ele da última vez que estive em SP em Agosto de 2008. Digo sorte, porque sendo mais "adulta" soube apreciar ainda mais a pessoa que meus pais tanto admiravam - Interessante, inteligente e interessado. Fomos a uma ópera e depois a um restaurante especializado em Azeites.
Fica uma pequena biografia e uma fotografia do nosso último encontro.
O mundo ficou com certeza mais pobre sem ele.
Nascido em Governador Valadares (MG). Trabalhou na revista Veja e nos jornais Folha de S. Paulo e na Gazeta Mercantil, onde foi editor de política. Em 1978, recebeu o Prêmio Esso. Era autodidata e apaixonado por astrologia, tendo escrito o livro “À luz do céu profundo – Astrologia e Política no Brasil” (Editora Record), em que tentou explicar o poder em Brasília pela mecânica celeste. Tinha uma memória invejável e uma escrita das mais brilhantes da imprensa brasileira contemporânea. Pai de seis filhos, vivia há cerca de vinte anos com a jornalista Ana Cristina Magalhães Bittencourt.
Optimo artigo por Luiz Antonio Magalhães:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=541IMQ002
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Last Sunday the 7th of June, the journalist Getúlio Bittencourt, 57 years old died in São Paulo (SP).
Getúlio and Ana Cristina have always been close friends to my family. My parents were very close when we all lived in NY in 89/90.
For me he always was one of those people that I really looked up to, because my parents admired him so much. He was a person that read a lot and knew a lot. I remember a story my mother always told – Getúlio would always be carrying a book under his arm, it didn’t matter where he was headed, the book would always come as well. One day whilst going out for dinner she asked him: - But Getúlio, why are you bringing the book? Do you think dinner can get boring? – to which he replied – you never now, it can be that, or the restaurant’s light can go down, it’s always better to be ready.
I was lucky to have dinner with him the last time I was in São Paulo in August 2008. I say this, because in being more of an “adult” I could appreciate even more this person that my parents admired so much – Interesting, intelligent and interested. We went to na opera and afterwards to a restaurant specialized in Olive Oils.
Below is a small biography and a photograph of the dinner.
The world is without any doubt poorer without him.
Born in Governador Valadares (MG). Worked for the Veja magazine and for the Folha de S. Paulo and Gazeta Mercantil, where he was editor in politics In 1978 he won the Esso Prize. He was an autodidact and passionate for astrology. He wrote the book: “À luz do céu profundo – Astrologia e Política no Brasil” (Editora Record), where he tried explaining the power in Brasília through celestial mechanics. He had amazing memory and was a brilliant writer. Father to six sons, he had live for the past twenty years with the journalist Ana Cristina Magalhães Bittencourt.
Great article by Luiz Antonio Magalhães:
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=541IMQ002
Photo/Foto: Bia, Getúlio, Ana Cristina, Luly
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