Há já alguns dias que queria escrever alguma coisa sobre esta noticia que vem inundando as nossas vidas, usando o velho e bom sentido de humor negro. Faltaram-me as palavras - encontrei-as no texto da Maria Caldeira do Blog "Qual Roma Qual Que!"
Não é palhaçada. Serio que não.
Acho que isto só reflecte, o mundinho perigoso e difícil da alta sociedade, especialmente, o relacionado com a moda. Como é óbvio, sendo eu uma simples anónima, não conhecia Carlos Castro de lado nenhum, mas li coisas que ele escreveu e a única opinião que sempre tive dele, é que era má pessoa. Não se importava de enxovalhar a primeira pessoa que lhe aparecesse à frente, de humilhar e de criar conflitos.
Uma pessoa que fazia disto a sua vida, não merecia ser feliz, é duro, mas é o que eu acho.
Não sei nada de nada. Mas posso obviamente imaginar o que aconteceu. E cá vai a minha teoria, baseada em tudo o que ouvi e li.
Renato, queria ser modelo. Para isso, a melhor ideia que teve foi mandar um mail ao Carlos Castro dizendo que ele poderia ajudá-lo. Carlos Castro, gato assanhado, pediu-lhe uma fotografia de rosto e de corpo e assim que a recebeu disse ok, eu ajudo-te, sai lá de Cantanhede e vem conhecer-me a Lisboa.
Foram jantar e sem que Renato percebesse, já estava inscrito num concurso de Tv da Fátima Lopes e até teve de comprar uma agenda para marcar todos os compromissos que entretanto lhe surgiram. Jantar com o Carlos e o Zeca no Tavares; Ir ao Trumps com o Carlos e o Ruizinho; Ir a um casting para os morangos com açúcar verão; etc.
Quando chegou ao Natal, Carlos já não largava Renato por nada deste mundo e Renato pensou, este gajo é querido, prometeu que me levava a desfilar a Paris e a NY, tão amigo. Será que sou gay por ele me ter feito uma festinha na nuca?
Entretanto chegou o Natal, Renato voltou a Cantanhede, e na noite de 24 de Dezembro recebeu um sms do Carlos que dizia: Querido, vamos para NY os dois, vais desfilar, vai ser óptimo. Beijo.
Renato ficou feliz feliz. Contou à mãe e à treinadora que segundo o telejornal, é a sua 2ª mãe. E pensou, será que ter respondido ao Carlos com um beijo é porque ele me pegou a gayzice.
Dia 28 partiu.
E quando adormeceu ja em NY pensou, será que por estar a dormir nu, na mesma cama que o Carlos, sou gay?
Nos dias seguintes habituou-se à ideia e mesmo quando Carlos entrou a meio do seu duche dizendo que era para poupar água, ele não se importou. Passaram os dias a ir aos musicais, aos casinos e às festas Eyes Wide Shut.
Renato, começou a ter saudades da mãe e da outra mãe e até lhes ligou a dizer que já estava farto daquela vida de festas esquisitas, que a comida lhe sabia mal e tudo.
Até que um dia, ao deitar, Carlos tentou. Renato disse que lhe doía a cabeça. Mas Carlos insistiu. Pediu um vinho ao room service. Renato disse, deixa-me em paz. Carlos, disse, tu não me falas assim meu menino. Renato responde e tu não me voltas a encostar a garrafa de vinho no rabo que está fria ó meu palerma! Carlos responde, mas quando é que nós fazemos amor?!! Renato diz, nunca oh paneleiro! Eu ainda não sou gay! Carlos: és és! Renato: Não sou não! Carlos: és! Renato: Não sou! Quem diz é quem é, cara de chulé! Carlos: és! Senão estás aqui a dormir comigo porquê? Renato: Por causa do dinheiro!!
E Carlos lá se calou. E as hospedes portuguesas que estavam no hotel, lá desencostaram as orelhas da porta do quarto e voltaram para a recepção ver quem entrava.
No dia seguinte, Renato estava nervoso, sentia um ardor esquisito lá em baixo, mas não sabia porquê. Não se lembrava do resto da noite. Já eram 17h. Até que viu uns pozinhos, uns comprimidinhos e um preservativo caídos ao lado da cama. De repente percebeu tudo. “este cabrão drogou-me e violou-me! Ele vai ver!”
Neste momento, Carlos acordou a sorrir, olhou para ele e disse, olá querido, ontem soube-te bem não foi? Vês como és..
Antes de acabar a frase, Carlos levou com um computador na cabeça. Renato agarrou no saca-rolhas e fez o que já se sabe. E passado uma hora, saiu do Hotel, passou por duas amigas que perguntaram por Carlos e respondeu: Ele nunca mais sairá deste hotel. Muuuahahahahahahahah!!
Passado uma hora, estava na brooklyn bridge a cortar os pulsos porque teve um raio de consciência e percebeu que estava fodido.
Só pode ter sido isto.
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