Tuesday, 29 November 2011

Caption:
Folhas unidas à nascença, separadas pela leitura By Pedro Faro in Henri Lefebvre's "Everyday Life in the Modern World"

Umberto Eco: 'People are tired of simple things. They want to be challenged'

"You are always shocked by how different critics' opinions are," he says. "I think a book should be judged 10 years later, after reading and re-reading it. I was always defined as too erudite and philosophical, too difficult. Then I wrote a novel that is not erudite at all, that is written in plain language, The Mysterious Flame of Queen Loana, and among my novels it is the one that has sold the least. So probably I am writing for masochists. It's only publishers and some journalists who believe that people want simple things. People are tired of simple things. They want to be challenged." (Umberto Eco_The Guardian)
http://www.guardian.co.uk/books/2011/nov/27/umberto-eco-people-tired-simple-things?fb_action_ids=283232358388795%2C10150577853554358%2C2410560662313%2C2707193407787%2C2707188127655&fb_action_types=news.reads&fb_ref=U-WFa5UTCTtEtv4pVLI2R7Vr-CFCONX01FRS-2p65zXXX%2CU-rCN4YP_QZZP14pD4IJEwqO-CFCONX01FRS-2p65zXXX%2CU-H6ZxMTYbV8rH4aEEIdj408-CFCONX01FRS-33kxcXXX%2CU-PZWtB6HE3xF84b8EI2zKHy-CFCONX01FRS-33yvaXXX%2CU-PZWtB6HE3xF84b8EI2zKHy-CFCONX01FRS-33h7mXXX&fb_source=other_multiline
(from Evandro Quintella's FB)


A voir au Louvre

Poemas de Pessoa 12




Ricardo Reis - Cada Coisa

Cada coisa a seu tempo tem seu tempo. Não florescem no inverno os arvoredos, Nem pela primavera Têm branco frio os campos. À noite, que entra, não pertence, Lídia, O mesmo ardor que o dia nos pedia. Com mais sossego amemos A nossa incerta vida. À lareira, cansados não da obra Mas porque a hora é a hora dos cansaços, Não puxemos a voz Acima de um segredo, E casuais, interrompidas, sejam Nossas palavras de reminiscência (Não para mais nos serve A negra ida do Sol) - Pouco a pouco o passado recordemos E as histórias contadas no passado Agora duas vezes Histórias, que nos falem Das flores que na nossa infância ida Com outra consciência nós colhíamos E sob uma outra espécie De olhar lançado ao mundo. E assim, Lídia, à lareira, como estando, Deuses lares, ali na eternidade, Como quem compõe roupas O outrora compúnhamos Nesse desassossego que o descanso Nos traz às vidas quando só pensamos Naquilo que já fomos, E há só noite lá fora.

Sunday, 27 November 2011


"Diz-me onde moras» Crónica de Miguel Esteves Cardoso


Diz-me onde moras...
Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo. Há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide. Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide. Nunca mais ninguém o viu.

Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia! Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide. Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço. Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola. Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...) Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para entrar na CEE.

De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai querer integrar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses. Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar. Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).

É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro? Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do Garganta Funda. Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso? Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas? É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra". Ninguém é do Porto ou de Lisboa.

Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir. Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do bairro). É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and GoAway...").

Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa. Verá que não é bem atendido.(...) Não há limites. Há até um lugar chamado amigalhaço, no concelho de Ponte de Lima.
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros. Há que dar-lhes nomes
civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo Não Sei, A Mousse é Caseira, ou Vai Mais um Rissól.(...)
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso
que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água
(Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do "Bogadouro"¹, (Amarante), depois de ter parado parafazer um chi-chi em Alçaperna (Lousã).


¹ - Bogadouro é o Mogadouro quando se está constipado!!!

(Miguel Esteves Cardoso)

Crónica publicada na revista Visão

Saturday, 26 November 2011

El Teide - Tenerife

Photo taken by Mateo Lopez

Friday, 25 November 2011

8th March Florence + the Machine - I'm there!


Good Morning Friday!



1 in every 10 Europeans are conceived in an IKEA bed - Fact!

Wednesday, 23 November 2011

Best fish in the world is in Lisbon

Clube da Vela, Belém - não há melhor!

Tuesday, 22 November 2011

I have Sjogren Syndrome and so does Venus!



Venus Williams raises awareness for Sjogren Syndrome!
http://www.nytimes.com/2011/09/02/sports/tennis/2011-us-open-venus-williams-describes-fights-with-fatigue.html?_r=1&ref=tennis

Hoje joga o Benfas!


Boxing Away


Monday, 21 November 2011

Sunday, 20 November 2011

Thursday, 17 November 2011




Monday, 14 November 2011

L's Agenda October 2011

Exhibitions:
Charles Avery – Pilar Corrias, London
Marlene Dumas – Frith Street Gallery, London
Marte Eknaes. Escalate – Between Bridges, London
Joan Jonas. Volcano Saga 1985/1994 – Wilkinson Gallery, London
Joan Jonas. Drawing Languages – Wilkinson Gallery, London
Anja Kirschner and David Panos. Living truthfully under imaginary circumstances – Hollybush Gardens, London
Mark Luyten – Micheline Szwajcer, Antwerp
Scott Lyall – Campoli Presti, London
Elizabeth Neel ‘Sphinx Ditch’ – Pilar Corrias, London
NUTS (Group Show) Arseniy Zhilyaev, Egor Koshelev, EliKuka, Olya Kroytor, Tigran Khachatryan, Vlad Kulkov – Regina Gallery, London
Albert Oehlen – Thomas Dane, London
Bettina Samson. Malluma Materio – Nettie Horn, London
Wolfgang Tillmans – Chantal Crousel, Paris
Richard Tuttle – Stuart Shave Modern Art, London
Sophie Von Hellermann. Crying for the sunset – Vilma Gold, London
Rebecca Warren. Come Helga, this Is No Place For Us II – Maureen Paley, London
FRIEZE, London
FIAC, Paris

Films:
Blue Valentine (2010). Derek Cianfrance. With Michelle Williams and Ryan Gosling
Corpse Bride (2005). Tim Burton. Voices: Johnny Depp and Helena Bonham Carter.
Due Date (2010). Todd Phillips. With Zach Galifanakis and Robert Downey Jr.
Hallowen: The Curse of Michael Myers (1995) Joe Chappelle. Donald Pleasence, Paul Rudd and Marianne Hagan.
In Her Shoes. (2005) Curtis Hanson. With Cameron Diaz, Toni Collette and Shirley MacLaine.
Just Go With It (2011). Dennis Dugan. With Adam Sandler and Jennifer Aniston
The King’s Speech (2010). Tom Hooper. With Colin Firth, Helena Bonham Carter and Geoffrey Rush
Parent Trap (1961). David Swift. With Hayleen Mills, Maureen O’Hara and Brian Keith.
Valentine’s Day (2010). Garry Marshall. With Julia Roberts, Jamie Foxx and Anne Hathaway.
The Wrestler (2010). Darren Aronofsky. With Mickey Rourke, Marisa Tomei and Evan Rachel Wood
You’ve Got Mail (1998). Norah Ephron. With Meg Ryan and Tom Hanks.

Books:
Albert Camus – The Plague

Thank You GBS

On a day where questions come up about what is it really that I'm doing everyday and why I'm doing it, George Bernard Shaw brings the answer:

A fool's brain digests philosophy into folly, science into superstition, and art into pedantry. Hence University education.

Sunday, 13 November 2011

Good Morning!



Edition pillow cases by David Shrigley

Text of Yvonne Rainer’s Letter Denouncing Marina Abramovic’s LA MoCA Gala

http://blogs.artinfo.com/artintheair/2011/11/11/read-the-full-text-of-yvonne-rainers-letter-denouncing-marina-abramovics-la-moca-gala/

Paddington Recreation Ground in Autumn

Saturday, 12 November 2011

"O orcamento nacional precisa ser equilibrado. As dividas publicas devem ser reduzidas, a arrogancia das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governo estrangeiros devem ser reduzidos se a nacao nao quiser ir a falencia. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar em vez de viver por conta publica." Cicero - Roma 55 AC...

Thursday, 10 November 2011

a day in my life

After ten days in the almost African island of Tenerife with installing, art, artists, people, conversations, exchanges, spanish, italian, english, portuguese, standing up, running around, eating like an elephant, volcanos, artists' books, artworks, learning, working hard and finally total exhaustion; I find myself with a huge headache, a stomachache, my intestinal flora gone wild, my neck has gone rock stiff and I just want to sleep for 72 hours straight! Unfortunately life does not permit that for the moment, so I'm back on the road - 1001 meetings in the beautiful city of Madrid for 24 hours. Going directly from the airport to a lunch meeting, I end up having to drag my two trolley bags along... for the whole day! After saying no no no - to many party/dinners and opening invitations, at 10pm I finally head to the hotel, to only discover that there is NO ROOM SERVICE!! (total dissapointment). As things are more than worst in concerns to my digestive system (I think I went to every bathroom I laid my eyes upon today), I leave the hotel in search of a nice soup. I'm thinking chicken broth, Canjinha da Mamae, to be more precise. Well, fat chance of getting any of that. All restaurants have tomato soup, pimientos soup, mushroom cream, asparagus cream... nothing does it and I end up in one of my top 10 lows restaurant-wise - SUSHI ON THE TRAIN!!! Bahhh!!! But they had a list of soups and I have a very nice vegetable soup with noodles, wasn't bad, I survived and Paul Auster and his new Sunset Park where there with me to make loneliness seem less cruel. Actually being alone was exactly what I needed at the moment, no one talking to me and no one to talk to. I came back and the hotel, which is situated in the nice Calle Montera, where all the curvy, raunchy ladies of pleasure await their turn, wins me over in the end: The shower is so powerful that I will have two in my short 12 hour stay!


Tuesday, 8 November 2011

Tuesday, 1 November 2011

Com preguiça de viver...

Bom Demais!

Oh Quim... devias ter ficado pela Garagem da Vizinha...