Irreverente, polêmico. Exuberante, contraditório, apaixonado, sem compromisso com método ou rigor científico. Jamais separou o saber acadêmico das questões políticas. Lutou pelos índios, pela universidade pública, pela educação básica gratuita em período integral.
O homenageado é Darcy Ribeiro, antropólogo, educador, político e romancista. Nascido em Montes Claros (MG) a 22 de outubro de 1922, filho de Reginaldo Ribeiro dos Santos e de Josephina Augusta da Silveira Ribeiro. Em Montes Claros fez os estudos fundamentais e secundário, no Grupo Escolar Gonçalves Chaves e no Ginásio Episcopal de Montes Claros.
Notabilizou-se fundamentalmente por trabalhos desenvolvidos nas áreas de educação, sociologia e antropologia tendo sido, ao lado do amigo a quem admirava Anísio Teixeira, um dos responsáveis pela criação da Universidade de Brasília, ficando também na história desta instituição ao ser o seu primeiro reitor. Também foi o idealizador da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Rio de Janeiro (1983-1987), Darcy Ribeiro criou, planejou e dirigiu a implantação dos Centros Integrados de Ensino Público (CIEPs), um projeto pedagógico de assistência em tempo integral a crianças, incluindo atividades recreativas e culturais para além do ensino formal - dando concretude aos projetos idealizados décadas antes por Anísio.
Nas eleições de 1986 Darcy foi candidato ao governo fluminense pelo PDT concorrendo com Fernando Gabeira (PT), Agnaldo Timóteo (PDS) e Moreira Franco (PMDB). Darcy foi derrotado, não conseguindo suplantar o favoritismo de Moreira que se elegeu graças a popularidade do recém lançado Plano Cruzado.
Namorador, gabava-se das inúmeras conquistas. “Pode-se ter muitos amores na vida e até dois ao mesmo tempo, mas isso quase arrebenta o coração”, dizia. Para comemorar seus 73 anos, em 1995, reuniu 50 mulheres, entre ex-namoradas, ex-mulheres e amigas.
Darcy Ribeiro também foi Ministro-Chefe da Casa Civil do presidente João Goulart, vice-governador do Rio de Janeiro de 1983 a 1987, em 1992 entra para a Academia Brasileira de Letras, exerceu o mandato de Senador pelo Rio de Janeiro, de 1991 até sua morte - anunciada por um lento processo canceroso, que comoveu todo o Brasil em torno de sua figura: Em 1995, de cadeira de rodas, com a ajuda de um amigo, foge da UTI, para voltar para casa e terminar o livro O Povo Brasileiro. “Lá só tinha gente morrendo”, desculpou-se. Darcy, sempre polêmico e ardoroso defensor de suas idéias, teve em sua longa agonia o reconhecimento e admiração até dos adversários.
Namorador, gabava-se das inúmeras conquistas. “Pode-se ter muitos amores na vida e até dois ao mesmo tempo, mas isso quase arrebenta o coração”, dizia. Para comemorar seus 73 anos, em 1995, reuniu 50 mulheres, entre ex-namoradas, ex-mulheres e amigas. Morreu em 17 de fevereiro de 1997.
in:
http://acervocultural.blogspot.com/2007/02/17-de-fevereiro-morte-de-darcy-ribeiro.html
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